Como foi prometido, continuo a falar sobre o mais grandioso castelo francês, Chateau de Versailles. Desta vez, meu alvo são os seus jardins – um espetáculo à parte. A área externa, atrás do castelo é tão grande que você quase perde de vista, nela estão os jardins e também um espaço de mata densa utilizado antigamente para caça. E acredite se quiser, ao final da tarde, eu já estava cansada de andar, subir e descer. Para as pessoas que não querem andar tanto, tem um “trenzinho” que faz o trajeto de ida e volta do castelo principal ao Petit e Grand Trianon desde que você pague um precinho simbólico. Como toda a obra do castelo, a criação dos jardins de Versalhes exigiu uma enorme quantidade de trabalhadores e teve como paisagista Andre Le Nôtre, mas mesmo assim, todos os projetos deveriam ser aprovados pelo Rei. Para diminuir a formalidade, construções diferentes chamadas “follies” ficam espalhadas aqui e ali, assim como uma alameda onde os cortesãos dançavam durante o verão entre jardins de pedra, conchas e luzes decorativas. Estátuas de mármore e bronze eram colocadas pelo caminho e no meio da folhagem. A terra, as plantas todas foram trazidas dos mais diversos locais da França. Um dos grandes problemas do jardim era ter água suficiente para abastecer as fontes. A água do palácio era providenciada pela Machine de Marly, induzida pela corrente do rio Sena, que movia catorze vastas pás giratórias. Essa ‘engenhoca’ é considerada um milagre da engenharia hidraulica moderna e pode ter sido a maior máquina integrada do Século XVII. A máquina bombeava água para os reservatórios de Louveciennes (onde a Madame du Barry tinha o Château de Louveciennes). A água fluia, então, ou para abastecer a cascata do Château de Marly ou, passava através de uma elaborada rede subterrânea de reservatórios e aquedutos, em direcção às fontes de Versalhes. Só uma podia ser ativada com água suficiente de cada vez, e este local era invariavelmente onde o rei estava.
O eixo central dos jardins de Versalhes é o Grand Canal, de 1,7 km de comprimento, que foi elaborado para refletir o sol poente. Ao seu redor ficam plantações, canteiros, alamedas e lagos, fontes (aproximadamente 1.400, incluindo uma espetacular, onde uma carruagem puxada por um cavalo carrega um Apolo triunfante), está é uma referência ao Rei Sol. Aliás, na minha opinião, Versalhes inteira é uma referência à este monarca.
Agora, encerrando os fatos técnicos… Eu achei que valeu muito a pena pagar um pouco mais para visitá-lo e entrar em bosques e labirintos. Há sempre música classica tocando, para completar a ambientização de te colocar de volta no Século XVII ou XVIII. O ‘espetáculo’ é chamado de Les grands eaux musicales. Achei o local muito legal para apreciar a paisagem e relaxar um pouco. Existem restaurantes e lanchonetes (barraquinhas baratas + gostosas) para comprar algo para comer, caso sinta fome. Me achei o máximo comento um pão italiano com coca cola (pobre, em fim de viagem!) em frente ao Petit Trianon… Hahaha Uma coisa chata é que os banheiros são poucos e como tem muita gente, normalmente a fila do feminino é enorme, então se puder evitar, fica a dica. O ingresso apenas para o jardin, custa € 8 a parte, ou pode comprar o ingresso completo – castelo, jardins, Trianons e domínio de Maria Antonieta – na chegada ao castelo (o que não recomendo) por € 25. Para quem puder ficar até a noite no sábado, ou voltar mais tarde, não perca os espetáculos noturnos (Grandes Eaux Nocturnes)! Eles todos os sábados, aproximadamente de junho até agôsto 2010, das 21.00h às 23.20h. A entrada custa € 21. Para mais informações, entre no site do castelo: www.chateauversailles.fr
Detalhe: As fontes diurnas funcionam apenas no período de maior movimento + ou – entre abril e outubro.
Fiquei louca para ver o espetáculo das águas noturno! Vamos em setembro e estava programando o sábado, dia 11-setembro, mas pelo que vi aqui no blog e no site do castelo, em setembro não tem este espetáculo, por que será?Não posso acreditar!!!!
Deve ser pq começa a esfriar, aí não deve ser muito bom. Ou porque já acabou a alta temporada. É chato mesmo, mas vc terá outras oportunidades 🙂