Petit Trianon e Domínios da Rainha

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O assunto dessa vez são os denominados Domínios de Maria Antonieta que incluem o Petit Trianon e o Hameau de la Reine. São locais que muitas vezes devido à badalação do castelo principal são deixados de lado, mas valem uma visita se houver tempo. E uma das coisas mais legais que fiz foi sentar em um banco em frente ao Petit Trianon e comer meu lanche, me sentindo a realeza… hahaha

O Petit Trianon foi construído por Louis XV para sua primeira amante, Madame Pompadour. Mas como ela morreu antes de ver a obra concluída, quem acabou usufruindo do local foi a Madame Du Barry (outra amante, já mencionada no post anterior). Quando Louis XV estava em seu leito de morte, Du Barry foi exilada da corte e consequentemente do Trianon. Alguns anos mais tarde, Louis XVI presenteou a propriedade a Maria Antonieta que a redecorou e remodelou os jardins – com extensos gastos públicos em uma já muito deficitária França. O Trianon e o Hameau se tornaram locais onde ela pudesse buscar um refúgio para os engessados protocolos de Versalhes, um local afastado dos burburinhos e tumulto do castelo principal. É até engraçado isso, porque pelos parâmetros de hoje, o Petit Trianon fica muito perto do castelo, apenas 2 km, isso se você for pelas ruas laterais ao castelo e não por dentro dos jardins. Não existe cozinha lá dentro, apenas um Rechauffeur, espaço para re-esquentar as comidas para as refeições, visto que elas eram preparadas em outro lugar e trazidas para o Petit Trianon. Pois naquela época, as cozinhas eram muito barulhentas e perturbariam a rainha e convidados.

É um local bem pequeno, quando você compara com o Castelo Principal ou até mesmo com o Grand Trianon, mas tem um charme bem interessante. Ele está totalmente restaurado como se fosse a época em que Maria Antonieta morava lá, e diferente da sensação do Chateau de Versailles, parece apenas que ela foi dar um passeio e deixou a casa aberta para os visitantes. (Pelo menos, foi o que senti) O exterior possui um jardim inglês, com características muito mais rústica que os jardins de Versalhes. Já o Hameau era um local onde a rainha e seus filhos entravam em contato com a natureza. Sua construção foi muito criticada, porque representavam gastos excessivos, quando a França já não podia mais gastar. Esse tipo de gasto, visto como algo comum pela corte e algo desnecessário pelo povo, que contribuiu para arruinar não só a imagem de Maria Antonieta, mas de toda a realeza, frente ao seu povo. O local é como se fosse uma vila, possui pequenas casas em estilo normando,  a casa da rainha, leitaria, queijaria e outros do gênero, hortas, videiras, pequenos jardins e animais. É tudo muito bonitinho e um local perfeito para dias ensolarados. Para chegar até lá, você pode passar pelos jardins de Versalhes (se tiver o ticket completo ou já pagou a entrada separada ao jardim. Caso não queira pagar para ver os Jardins, você pode fazer um percurso por fora do Castelo. Não é longe.

Dica de leitura: Maria Antonieta, de Antonia Fraser – Uma biografia bem legal, que te coloca a par de todos os acontecimentos que cercaram a última rainha da França. É um pouco carinho, mas para quem gosta de leituras históricas, vale a pena. (Caso queira economizar, tem alguns exemplares no Estante Virtual – sebos – pela metade do preço.

Algumas fotinhos:

Hameau de la Reine
Sala “esquentadora de comida”
Um dos aposentos de Maria Antonieta